ANO C
06 de Junho de 2010
Verde – Ofício do domingo (Semana II do Saltério). Te Deum.
Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 1 Reis 17, 17-24; Sal 29, 2 e 4. 5-6. 11-12a e 13b
L 2 Gal 1, 11-19
Ev Lc 7, 11-17
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Dia Nacional do Cigano.
* Na Congregação dos Irmãos Maristas – S. Marcelino Champagnat, presbítero e Fundador – SOLENIDADE
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo
SOLENIDADE
* Nas Dioceses da Guiné-Bissau – Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo – SOLENIDADE
* Em Portugal – II Vésperas do Domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Tema do 10º Domingo do Tempo Comum
A dimensão profética percorre a liturgia da Palavra deste domingo, em Elias, o profeta da esperança e da vida, em Paulo, o profeta do Evangelho recebido de Deus, e, particularmente, em Jesus, o grande profeta que visita o seu povo em atitude de total oblação.
A primeira leitura apresenta-nos a figura da mulher de Sarepta, que significa a perda da esperança e o sentimento de derrota e de procura de um culpado, e a figura do profeta Elias, que acredita no Deus da vida, que não abandona o homem ao poder da morte, ressuscitando o filho da viúva.
No Evangelho, temos a revelação de Deus expressa na atitude de piedade e compaixão de Jesus no milagre da ressurreição do filho da viúva. Deus visita o seu povo em Jesus, “um grande profeta”, realizando o reino pela ressurreição, oferecendo a sua vida e dando-lhe pleno sentido.
Na segunda leitura, acolhemos a absoluta gratuidade da conversão de Paulo, para quem o Evangelho é uma força vital e criadora, que produz o que anuncia; a sua força é Deus. É uma força vital, uma dinâmica profética que ele recebeu directamente de Deus.
SER PROFETA HOJE (algumas interpelações)
A partir da liturgia de hoje, podemos percorrer algumas interpelações sobre o sentido da profecia para os tempos actuais. Como ser profeta hoje? Algumas interpelações:
1. Descobrir e propor o projecto de Deus para o mundo e para os homens. O profeta é homem do seu tempo, marcado pelas descobertas, conquistas, contradições e esperanças dos homens do seu tempo… É também alguém com uma fé profunda, com uma consciência muito forte da presença de Deus na própria vida. A vida de união e de comunhão com Deus vai impregnando a vida do profeta, de modo que vai aprendendo a interpretar todos os acontecimentos políticos, sociais e religiosos à luz de Deus e do seu projecto. Só deste modo ele pode apresentar o projecto de Deus para os homens hoje.
2. Sentir-se chamado por Deus, receber de Deus uma missão, ser enviado por Deus ao mundo. Deus chama de muitas formas… Um sonho, uma leitura, um acontecimento, um sinal… Às vezes descobre-se o seu apelo no rosto de um pobre ou de um escravizado; outras vezes, nas páginas dos jornais; outras, nas necessidades da Igreja ou da sociedade; outras, nos acontecimentos turbulentos do presente; outras, mais simplesmente, nas palavras de um amigo ou de um mestre… Ao ser chamado, o profeta recebe de Deus uma missão.
3. Estar marcado pelas experiências de solidão, angústia, sofrimento, crise, rejeição, incompreensão… Ser fiel à missão de Deus, mesmo quando, com essa atitude, o profeta se sente abandonado, rejeitado, incompreendido. No fundo, trata-se de arriscar a vida, na certeza da presença de Deus.
4. Estar desinstalado, num território concreto… como espaço de verificação e de rejeição da profecia anunciada. Ninguém é profeta na sua terra, é certo. Mas é na terra, no espaço concreto, na escola, no local de trabalho, na comunidade, na Igreja… que a profecia deve ser anunciada. Com coragem, com desassombro.
5. Viver no quotidiano da existência, na minha situação concreta, aqui e agora. Como ser profeta, aqui e agora, na minha situação, face aos problemas reais que me entram pelos olhos e interpelam o meu coração aberto ao Pai e ao próximo?
6. Anunciar as Boas Novas de sempre duma forma sempre nova. O conteúdo do anúncio profético é sempre o mesmo. Mas esta única Palavra de Deus deve ressoar duma forma sempre nova…
7. Assumir um modo novo e inédito de viver e anunciar o essencial. Anunciar um modo novo de viver o essencial. E o essencial é a fé, a esperança e a plenitude do amor, das quais os profetas foram testemunhas vulneráveis mas obstinados. O Espírito sopra onde quer e como quer, com liberdade imprevisível, não se deixando amarrar em esquemas exclusivos ou demasiado estreitos…
8. Escutar, aprender, receber, acolher… o Deus do povo e o povo de Deus.
9. Ser coerente entre a palavra anunciada e as opções pessoais. Quantos pretensos profetas gritam diante dos microfones, ditam sentenças nos jornais a torto e a direito, gesticulam nas praças e na televisão… mas não dão testemunho com a sua vida. Por isso, não mudam as coisas! Há incoerência entre pensamento e vida, entre ideal e prática.
10. Denunciar não apenas os pecados, mas as estruturas de pecado, promover e estimular novas estruturas de virtudes e valores.
11. Testemunhar entre o silêncio intenso-pleno e o silêncio despojado-vazio. Diante dos dramas recentes e actuais, diante das angústias e sofrimentos, diante dos vazios e da falta de esperança, o profeta dá testemunho, com o seu silêncio, do silêncio de Deus. Não é fácil, mas pode ser um silêncio fecundo que fala.
12. Lutar contra os novos ídolos de hoje: detectá-los, desmascará-los, denunciá-los…
13. Anunciar a fé e a justiça, assumir a esperança como raiz da profecia. Não se trata de duas coisas distintas: a fidelidade ao Deus vivo exige a defesa dos direitos do pobre. A mensagem profética, na sua capacidade de denúncia, integra-se e aperfeiçoa-se, especificando-se, na proposta de uma utopia, na “proposta de uma alternativa”, chamada esperança. Sem esperança não há profecia.
14. Profetizar no século XXI, viver pobre a profecia da gratuidade, da sobriedade, da essencialidade: sentir a alegria de dar, gratuitamente; experimentar a força do Amor criador de Deus; praticar diariamente uma vida simples, sóbria; ir profeticamente contra a corrente do domínio e do consumo; ser capaz de desmascarar as raízes do egoísmo e as suas consequências…
15. Profetizar no século XXI, viver obediente a profecia da multiculturalidade: descobrir a única vontade de Deus Pai; deixar os isolamentos, os nossos planos egoístas; procurar a vontade de Deus na vontade da comunidade; deixar de lado o escândalo da excomunhão mútua; comungar no mesmo Deus…
16. Profetizar no século XXI, viver casto a profecia da sexualidade redimida: testemunhar a redenção de Cristo na globalidade do nosso ser (inteligência, liberdade, fantasia, corpo, afectos, sentidos); ser profetas da libertação integral…
ANO C
2 de Maio de 2010
Branco – Ofício próprio (Semana I do Saltério). Te Deum.
Missa própria, Glória, Credo, pf. pascal.
L 1 Act 14, 21b-27; Sal 144, 8-9. 10-11. 12-13ab
L 2 Ap 21, 1-5a
Ev Jo 13, 31-33a. 34-35
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Dia da Mãe.
* Na Diocese de Angra – Ofertório para a Pastoral Vocacional e Seminários.
* Na Diocese de Mindelo (Cabo Verde) – Ofertório para o Seminário Diocesano.
* II Vésperas do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Tema do 5º Domingo do Tempo Pascal
O tema fundamental da liturgia deste domingo é o do amor: o que identifica os seguidores de Jesus é a capacidade de amar até ao dom total da vida.
No Evangelho, Jesus despede-Se dos seus discípulos e deixa-lhes em testamento o “mandamento novo”: “amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei”. É nessa entrega radical da vida que se cumpre a vocação cristã e que se dá testemunho no mundo do amor materno e paterno de Deus.
Na primeira leitura apresenta-se a vida dessas comunidades cristãs chamadas a viver no amor. No meio das vicissitudes e das crises, são comunidades fraternas, onde os irmãos se ajudam, se fortalecem uns aos outros nas dificuldades, se amam e dão testemunho do amor de Deus. É esse projecto que motiva Paulo e Barnabé e é essa proposta que eles levam, com a generosidade de quem ama, aos confins da Ásia Menor.
A segunda leitura apresenta-nos a meta final para onde caminhamos: o novo céu e a nova terra, a realização da utopia, o rosto final dessa comunidade de chamados a viver no amor.
In: ECCLESIA
ANO C
25 de Abril de 2010
Branco – Ofício próprio (Semana IV do Saltério). Te Deum.
Missa própria, Glória, Credo, pf. pascal.
L 1 Act 13, 14. 43-52; Sal 99, 2. 3. 5
L 2 Ap 7, 9. 14b-17
Ev Jo 10, 27-30
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Domingo do Bom Pastor.
* Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
* Na Diocese do Algarve – Dia da Solidariedade e Partilha; ofertório para o Instituto de Sustentação do Clero.
* Na Diocese de Angra – Começa a Semana dos Seminários.
* Na Diocese de Bragança-Miranda – Ofertório para a Pastoral das Vocações e a Fraternidade Sacerdotal.
* Na Diocese da Guarda – Ofertório para a Fundação Nun’Álvares.
* Na Diocese do Porto – Ofertório para as Vocações.
* Na Diocese de Viana do Castelo – Ofertório para o Instituto Especial do Clero.
* Na Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor – Cristo, Bom Pastor, Padroeiro da Congregação.
* II Vésperas do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Tema do 4º Domingo do Tempo Pascal
O 4º Domingo do Tempo Pascal é considerado o “Domingo do Bom Pastor”, pois todos os anos a liturgia propõe um trecho do capítulo 10 do Evangelho segundo João, no qual Jesus é apresentado como Bom Pastor. É, portanto, este o tema central que a Palavra de Deus hoje nos propõe.
O Evangelho apresenta Cristo como o Bom Pastor, cuja missão é trazer a vida plena às ovelhas do seu rebanho; as ovelhas, por sua vez, são convidadas a escutar o Pastor, a acolher a sua proposta e a segui-l’O. É dessa forma que encontrarão a vida em plenitude.
A primeira leitura propõe-nos duas atitudes diferentes diante da proposta que o Pastor (Cristo) nos apresenta. De um lado, estão essas “ovelhas” cheias de auto-suficiência, satisfeitas e comodamente instaladas nas suas certezas; de outro, estão outras ovelhas, permanentemente atentas à voz do Pastor, que estão dispostas a arriscar segui-l’O até às pastagens da vida abundante. É esta última atitude que nos é proposta.
A segunda leitura apresenta a meta final do rebanho que seguiu Jesus, o Bom Pastor: a vida total, de felicidade sem fim.
In: ECCLESIA
ANO C
28 de Fevereiro de 2010
Roxo – Ofício próprio (Semana II do Saltério).
Missa própria, Credo, pf. próprio.
L 1 Gen 15, 5-12. 17-18; Sal 26, 1. 7-8. 9abc. 13-14
L 2 Filip 3, 17 – 4, 1 ou Filip 3, 20 – 4, 1
Ev Lc 9, 28b-36
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofertório para a Cáritas Diocesana; na Diocese de Mindelo (Cabo Verde) – Aniversário da entrada solene e tomada de posse de D. Arlindo Gomes Furtado (2004).
* II Vésperas do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Tema do 2º Domingo da Quaresma
As leituras deste domingo convidam-nos a reflectir sobre a nossa “transfiguração”, a nossa conversão à vida nova de Deus; nesse sentido, são-nos apresentadas algumas pistas.
A primeira leitura apresenta-nos Abraão, o modelo do crente. Com Abraão, somos convidados a “acreditar”, isto é, a uma atitude de confiança total, de aceitação radical, de entrega plena aos desígnios desse Deus que não falha e é sempre fiel às promessas.
A segunda leitura convida-nos a renunciar a essa atitude de orgulho, de auto-suficiência e de triunfalismo, resultantes do cumprimento de ritos externos; a nossa transfiguração resulta de uma verdadeira conversão do coração, construída dia a dia sob o signo da cruz, isto é, do amor e da entrega da vida.
O Evangelho apresenta-nos Jesus, o Filho amado do Pai, cujo êxodo (a morte na cruz) concretiza a nossa libertação. O projecto libertador de Deus em Jesus não se realiza através de esquemas de poder e de triunfo, mas através da entrega da vida e do amor que se dá até à morte. É esse o caminho que nos conduz, a nós também, à transfiguração em Homens Novos.
In: ECCLESIA
ANO C
21 de Fevereiro de 2010
Roxo – Ofício próprio (Semana I do Saltério).
Missa própria, Credo, pf. próprio.
Toma-se o Leccionário dominical (Ano C).
L 1 Deut 26, 4-10; Sal 90, 1-2. 10-11. 12-13. 14-15
L 2 Rom 10, 8-13
Ev Lc 4, 1-13
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* II Vésperas do domingo. Compl. dep. II Vésp. dom.
Tema do 1º Domingo da Quaresma
No início da Quaresma, a Palavra de Deus apela a repensar as nossas opções de vida e a tomar consciência dessas “tentações” que nos impedem de renascer para a vida nova, para a vida de Deus.
A primeira leitura convida-nos a eliminar os falsos deuses em quem às vezes apostamos tudo e a fazer de Deus a nossa referência fundamental. Alerta-nos, na mesma lógica, contra a tentação do orgulho e da auto-suficiência, que nos levam a caminhos de egoísmo e de desumanidade, de desgraça e de morte.
O Evangelho apresenta-nos uma catequese sobre as opções de Jesus. Lucas sugere que Jesus recusou radicalmente um caminho de materialismo, de poder, de êxito fácil, pois o plano de Deus não passava pelo egoísmo, mas pela partilha; não passava pelo autoritarismo, mas pelo serviço; não passava por manifestações espectaculares que impressionam as massas, mas por uma proposta de vida plena, apresentada com simplicidade e amor. É claro que é esse caminho que é sugerido aos que seguem Jesus.
A segunda leitura convida-nos a prescindir de uma atitude arrogante e auto-suficiente em relação à salvação que Deus nos oferece: a salvação não é uma conquista nossa, mas um dom gratuito de Deus. É preciso, pois, “converter-se” a Jesus, isto é, reconhecê-l’O como o “Senhor” e acolher no coração a salvação que, em Jesus, Deus nos propõe.
In: ECCLESIA
ANO C
14 de Fevereiro de 2010
Verde – Ofício do domingo (Semana II do Saltério). Te Deum.
Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Jer 17, 5-8; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6
L 2 1 Cor 15, 12. 16-20
Ev Lc 6, 17. 20-26
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Nas Dioceses da Guiné-Bissau – Dia do SAHEL.
* II Vésperas do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Tema do 6º Domingo do Tempo Comum
A Palavra de Deus que nos é proposta neste domingo leva-nos a reflectir sobre o protagonismo que Deus e as suas propostas têm na nossa existência.
A primeira leitura põe frente a frente a auto-suficiência daqueles que prescindem de Deus e escolhem viver à margem das suas propostas, com a atitude dos que escolhem confiar em Deus e entregar-se nas suas mãos. O profeta Jeremias avisa que prescindir de Deus é percorrer um caminho de morte e renunciar à felicidade e à vida plenas.
O Evangelho proclama “felizes” esses que constroem a sua vida à luz dos valores propostos por Deus e infelizes os que preferem o egoísmo, o orgulho e a auto-suficiência. Sugere que os preferidos de Deus são os que vivem na simplicidade, na humildade e na debilidade, mesmo que, à luz dos critérios do mundo, eles sejam desgraçados, marginais, incapazes de fazer ouvir a sua voz diante do trono dos poderosos que presidem aos destinos do mundo.
A segunda leitura, falando da nossa ressurreição – consequência da ressurreição de Cristo –, sugere que a nossa vida não pode ser lida exclusivamente à luz dos critérios deste mundo: ela atinge o seu sentido pleno e total quando, pela ressurreição, desabrocharmos para o Homem Novo. Ora, isso só acontecerá se não nos conformarmos com a lógica deste mundo, mas apontarmos a nossa existência para Deus e para a vida plena que Ele tem para nós.
In: ECCLESIA
ANO C
7 de Fevereiro de 2010
Verde – Ofício do domingo (Semana I do Saltério). Te Deum.
Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Is 6, 1-2a. 3-8; Sal 137, 1-2a. 2bc-3. 4-5. 7c-8
L 2 1 Cor 15, 1-11 ou 1 Cor 15, 3-8. 11
Ev Lc 5, 1-11
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Em todas as dioceses de Portugal – Ofertório para a Universidade Católica.
* Na Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor – I Vésp. do Imaculado Coração da Bem-Aventurada Virgem Maria.
* II Vésperas do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Tema do 5º Domingo do Tempo Comum
A liturgia deste domingo leva-nos a reflectir sobre a nossa vocação: somos todos chamados por Deus e d’Ele recebemos uma missão para o mundo.
Na primeira leitura, encontramos a descrição plástica do chamamento de um profeta – Isaías. De uma forma simples e questionadora, apresenta-se o modelo de um homem que é sensível aos apelos de Deus e que tem a coragem de aceitar ser enviado.
No Evangelho, Lucas apresenta um grupo de discípulos que partilharam a barca com Jesus, que acolheram as propostas de Jesus, que souberam reconhecê-l’O como seu “Senhor”, que aceitaram o convite para ser “pescadores de homens” e que deixaram tudo para seguir Jesus… Neste quadro, reconhecemos o caminho que os cristãos são chamados a percorrer.
A segunda leitura propõe-nos reflectir sobre a ressurreição: trata-se de uma realidade que deve dar forma à vida do discípulo e levá-lo a enfrentar sem medo as forças da injustiça e da morte. Com a sua acção libertadora – que continua a acção de Jesus e que renova os homens e o mundo – o discípulo sabe que está a dar testemunho da ressurreição de Cristo.
In: ECCLESIA
ANO C
31 de Janeiro de 2010
Verde – Ofício do domingo (Semana IV do Saltério). Te Deum.
Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Jer 1, 4-5. 17-19; Sal 70, 1-2. 3-4a. 5-6ab. 15ab e 17
L 2 1 Cor 12, 31 – 13, 13 ou 1 Cor 13, 4-13
Ev Lc 4, 21-30
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Diocese de Coimbra – Ofertório para o Clero Aposentado e Inválido.
* Na Congregação Salesiana e no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – S. João Bosco, presbítero, Fundador da Congregação Salesiana, do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e dos Cooperadores Salesianos – SOLENIDADE
* II Vésperas do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Lembrar aos fiéis que, no próximo domingo, o ofertório é para a Universidade Católica.
Tema do 4º Domingo do Tempo Comum
O tema da liturgia deste domingo convida a reflectir sobre o “caminho do profeta”: caminho de sofrimento, de solidão, de risco, mas também caminho de paz e de esperança, porque é um caminho onde Deus está. A liturgia de hoje assegura ao “profeta” que a última palavra será sempre de Deus: “não temas, porque Eu estou contigo para te salvar”.
A primeira leitura apresenta a figura do profeta Jeremias. Escolhido, consagrado e constituído profeta por Jahwéh, Jeremias vai arrostar com todo o tipo de dificuldades; mas não desistirá de concretizar a sua missão e de tornar uma realidade viva no meio dos homens a Palavra de Deus.
O Evangelho apresenta-nos o profeta Jesus, desprezado pelos habitantes de Nazaré (eles esperavam um Messias espectacular e não entenderam a proposta profética de Jesus). O episódio anuncia a rejeição de Jesus pelos judeus e o anúncio da Boa Nova a todos os que estiverem dispostos a acolhê-la – sejam pagãos ou judeus.
A segunda leitura parece um tanto desenquadrada desta temática: fala do amor – o amor desinteressado e gratuito – apresentando-o como a essência da vida cristã. Pode, no entanto, ser entendido como um aviso ao “profeta” no sentido de se deixar guiar pelo amor e nunca pelo próprio interesse… Só assim a sua missão fará sentido.
In: ECCLESIA