ANO C
31 de Janeiro de 2010
Verde – Ofício do domingo (Semana IV do Saltério). Te Deum.
Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Jer 1, 4-5. 17-19; Sal 70, 1-2. 3-4a. 5-6ab. 15ab e 17
L 2 1 Cor 12, 31 – 13, 13 ou 1 Cor 13, 4-13
Ev Lc 4, 21-30
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Diocese de Coimbra – Ofertório para o Clero Aposentado e Inválido.
* Na Congregação Salesiana e no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – S. João Bosco, presbítero, Fundador da Congregação Salesiana, do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e dos Cooperadores Salesianos – SOLENIDADE
* II Vésperas do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Lembrar aos fiéis que, no próximo domingo, o ofertório é para a Universidade Católica.
Tema do 4º Domingo do Tempo Comum
O tema da liturgia deste domingo convida a reflectir sobre o “caminho do profeta”: caminho de sofrimento, de solidão, de risco, mas também caminho de paz e de esperança, porque é um caminho onde Deus está. A liturgia de hoje assegura ao “profeta” que a última palavra será sempre de Deus: “não temas, porque Eu estou contigo para te salvar”.
A primeira leitura apresenta a figura do profeta Jeremias. Escolhido, consagrado e constituído profeta por Jahwéh, Jeremias vai arrostar com todo o tipo de dificuldades; mas não desistirá de concretizar a sua missão e de tornar uma realidade viva no meio dos homens a Palavra de Deus.
O Evangelho apresenta-nos o profeta Jesus, desprezado pelos habitantes de Nazaré (eles esperavam um Messias espectacular e não entenderam a proposta profética de Jesus). O episódio anuncia a rejeição de Jesus pelos judeus e o anúncio da Boa Nova a todos os que estiverem dispostos a acolhê-la – sejam pagãos ou judeus.
A segunda leitura parece um tanto desenquadrada desta temática: fala do amor – o amor desinteressado e gratuito – apresentando-o como a essência da vida cristã. Pode, no entanto, ser entendido como um aviso ao “profeta” no sentido de se deixar guiar pelo amor e nunca pelo próprio interesse… Só assim a sua missão fará sentido.
In: ECCLESIA
ANO C
24 de Janeiro de 2010
Verde – Ofício do domingo (Semana III do Saltério). Te Deum.
Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Ne 8, 2-4a. 5-6. 8-10; Sal 18 B, 8. 9. 10. 15
L 2 1 Cor 12, 12-30 ou 1 Cor 12, 12-14. 27
Ev Lc 1, 1-4: 4, 14-21
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Ordem da Visitação de Santa Maria – S. Francisco de Sales SOLENIDADE
* 7º dia do Oitavário de Orações pela Unidade dos Cristãos.
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – I Vésp. da Conversão de S. Paulo.
* II Vésperas do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Tema do 3º Domingo do Tempo Comum
A liturgia deste domingo coloca no centro da nossa reflexão a Palavra de Deus: ela é, verdadeiramente, o centro à volta do qual se constrói a experiência cristã. Essa Palavra não é uma doutrina abstracta, para deleite dos intelectuais; mas é, primordialmente, um anúncio libertador que Deus dirige a todos os homens e que incarna em Jesus e nos cristãos.
Na primeira leitura, exemplifica-se como a Palavra deve estar no centro da vida comunitária e como ela, uma vez proclamada, é geradora de alegria e de festa.
No Evangelho, apresenta-se Cristo como a Palavra que se faz pessoa no meio dos homens, a fim de levar a libertação e a esperança às vítimas da opressão, do sofrimento e da miséria. Sugere-se, também, que a comunidade de Jesus é a comunidade que anuncia ao mundo essa Palavra libertadora.
A segunda leitura apresenta a comunidade gerada e alimentada pela Palavra libertadora de Deus: é uma família de irmãos, onde os dons de Deus são repartidos e postos ao serviço do bem comum, numa verdadeira comunhão e solidariedade.
BILHETE DE EVANGELHO.
Lucas não pode guardar para si o que os “testemunhas oculares e ministros da Palavra” lhe transmitiram. Então, decide escrever ao seu amigo Teófilo “para que ele tenha conhecimento seguro do que lhe foi ensinado». Depois de Teófilo e da sua comunidade cristã, somos convidados por Lucas e pelos outros três evangelistas a crer na Palavra, esta Palavra que muitos assinaram com o seu sangue. Não é o que, aliás, pede Jesus aos seus compatriotas de Nazaré: acreditar na Palavra? Na sua homilia, Jesus afirma que se realiza hoje a palavra de ontem do profeta Isaías. Ele anuncia a Boa Nova aos pobres e realiza a salvação. Então compreendemos porque é que os habitantes de Nazaré tinham os olhos fixos n’Ele, viam que Ele falava como homem que tem autoridade. Não somente as suas palavras eram “boa nova”, mas Ele próprio era a Boa Nova há tanto esperada. Desde Lucas, desde Teófilo, quantos mensageiros da Boa Nova ninguém conseguiu calar porque, se a mensagem de Cristo é precisamente uma boa nova, é feita para ser anunciada!
À ESCUTA DA PALAVRA.
No tempo de Jesus, há umas centenas de anos que os judeus liam o livro do profeta Isaías, do qual Jesus cita uma passagem: “O Espírito do Senhor está sobre mim… Enviou-me a levar a Boa Nova aos pobres…” Mas em cada ano era sempre a mesma coisa: nada mudava! E eis que Jesus anuncia repentinamente que essa palavra se cumpre hoje, n’Ele. Como poderia ser? Não era Ele o filho do carpinteiro? Com Jesus, a Boa Nova anunciada por João Baptista já não é simplesmente uma promessa. É uma força e uma luz que mudam a vida agora. Mas, para nós que lemos esta Palavra há tanto tempo, parece que é sempre a mesma coisa: nada muda! A religião não se tornou o “ópio do povo” para adormecer os pobres? Seria o caso se Jesus não tivesse ressuscitado, sempre vivo, literalmente nosso contemporâneo. Fala-nos sempre no presente para nos dizer que, hoje, o Espírito do Senhor nos é dado para que a nossa maneira de agir mude concretamente, para que ela tome uma cor mais evangélica. É por nós que Jesus age para cumprir a promessa divina. Dá-nos o seu Espírito para que o nosso coração se liberte dos seus egoísmos, para que os outros não se sintam mal no nosso coração, para que levemos aos pobres o apoio da nossa ajuda e da nossa partilha, aos cegos a luz da nossa amizade, para que hoje seja um dia de felicidade para aqueles e aquelas que encontrarmos. É a nossa missão de cristãos: que a Boa Nova tome corpo na nossa vida, para que a Palavra de Deus seja viva hoje!
PALAVRA PARA O CAMINHO…
• No final da celebração, “comemos” verdadeiramente as palavras do salmista? Neste domingo da Palavra de Deus, antes de retomar o caminho para as nossas casas, escutemos ainda como o salmista canta Deus que fala ao seu povo: «A lei do Senhor é perfeita, ela reconforta a alma; as ordens do Senhor são firmes, dão sabedoria aos simples. Os preceitos do Senhor são rectos e alegram o coração; os mandamentos do Senhor são claros e iluminam os olhos». A Palavra que recebemos é uma palavra que alegra e que ilumina. É uma canção, uma lâmpada. Que ela nos acompanhe em cada instante ao longo da semana…
• Descobrir o outro… nesta Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Ao longo desta semana, reservar tempo para melhor conhecer o outro, aquele que é diferente de mim na fé: ler um artigo de imprensa, ouvir uma conferência, escutar um programa de rádio, participar num encontro organizado localmente; enfim, procurar fazer o esforço em descobrir a fé e o pensamento de um cristão de outra confissão.
In: ECCLESIA
ANO C
17 de Janeiro de 2010
Verde – Ofício do domingo (Semana II do Saltério). Te Deum.
Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Is 62, 1-5; Sal 95, 1-2a. 2b-3. 7-8a. 9-10ac
L 2 1 Cor 12, 4-11
Ev Jo 2, 1-11
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Diocese de Leiria-Fátima – Aniversário da restauração da Diocese (1918).
* II Vésperas do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Tema do 2º Domingo do Tempo Comum
A liturgia de hoje apresenta a imagem do casamento como imagem que exprime de forma privilegiada a relação de amor que Deus (o marido) estabeleceu com o seu Povo (a esposa). A questão fundamental é, portanto, a revelação do amor de Deus.
A primeira leitura define o amor de Deus como um amor inquebrável e eterno, que continuamente renova a relação e transforma a esposa, sejam quais forem as suas falhas passadas. Nesse amor nunca desmentido, reside a alegria de Deus.
O Evangelho apresenta, no contexto de um casamento (cenário da “aliança”), um “sinal” que aponta para o essencial do “programa” de Jesus: apresentar aos homens o Pai que os ama, e que com o seu amor os convoca para a alegria e a felicidade plenas.
A segunda leitura fala dos “carismas” – dons, através dos quais continua a manifestar-se o amor de Deus. Como sinais do amor de Deus, eles destinam-se ao bem de todos; não podem servir para uso exclusivo de alguns, mas têm de ser postos ao serviço de todos com simplicidade. É essencial que na comunidade cristã se manifeste, apesar da diversidade de membros e de carismas, o amor que une o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
In: ECCLESIA
Ao longo de 4 dias (12 a 15 de Janeiro), os participantes do Congresso Internacional sobre o Presbítero pretendem aprofundar a melhor forma de traduzir “a identidade do padre no contexto dos desafios contemporâneos” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. Tiago Freitas, responsável pelo sector da Comunicação Social desta iniciativa, a realizar em Braga.
Para além das várias conferências, será apresentado um estudo que indicará como as pessoas vêem o padre e o que dele esperam. Foi orientado pela Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Católica. “Para além deste estudo será também apresentado o resultado das reflexões de alguns grupos paroquiais que foram seleccionados segundo as várias tipologias eclesiais da arquidiocese” – sublinhou o Pe. Tiago Freitas.
Para além do referido objectivo, o presbitério de Braga pretende “colocar questões, abrir horizontes, caminhar em conjunto para servir mais e melhor o povo de Deus e, naturalmente, a sociedade em geral”.Este congresso pretende celebrar o Ano Sacerdotal – proclamado por Bento XVI – e os 450 anos do Seminário Conciliar, fundado por Frei Bartolomeu dos Mártires. A parte final do congresso será no edifício do Seminário Conciliar e a restante será no Auditório Vita daquela cidade.
A questão vocacional não é a grande prioridade desta actividade. “Queremos reflectir sobre a identidade do sacerdote para ajudar o povo de Deus e a sociedade” – realça aquele responsável. E acrescenta: “é uma actualização do modelo deixado por Jesus”. A disponibilidade do sacerdote para estar com as pessoas e o carácter celebrativo são alguns tópicos desta identidade sacerdotal.
Recentemente teve início o Ano Europeu do combate à pobreza e à exclusão Social. O Pe. Tiago Freitas sublinha que a vertente social está “bem presente e tem sido uma forte aposta dos padres de Braga”.
Concerto
Após a sessão de abertura, às 21h00, o Congresso abre com um concerto coral "In memoriam presbyterorum" pela Cappella Bracarensis. O concerto terá no seu programa músicas de presbíteros bracarenses falecidos.
Fundada em 1997, como octeto vocal, a Cappella Bracarensis surgiu da vontade de fazer música coral pelo prazer de cantar e pela tarefa de divulgar música de todas as épocas, com especial incidência na música portuguesa. Construiu um vasto repertório, que apresentou em numerosos concertos, no país e nos estrangeiro.
Entretanto, interrompeu as suas actividades entre 2000 e 2002. Ressurgiu em Outubro de 2002, de forma mais alargada como coro de câmara, reunindo a maioria dos seus membros fundadores e outros elementos que, entretanto, foram aderindo ao mesmo projecto. Já se apresentou em vários concertos, mantendo contudo os objectivos que animaram a sua fundação. Realizou já diversos concertos de música sacra e profana em Braga e noutras localidades do norte do país.
O reportório que vai apresentando revela especial incidência na música portuguesa, com preferência por música inédita de compositores do distrito de Braga, em que sobressaem Manuel Faria e Joaquim dos Santos.
No seu actual estado, a Capella Bracarensis encontra-se estreitamente ligada ao Centro Regional de Braga Universidade Católica Portuguesa, que disponibiliza local de ensaio e fornece apoio logístico ao grupo. João Duque é seu director artístico desde o início, tendo-se-lhe associado, desde 2008, Graça Miranda.
Programa
Dia 12 de Janeiro
21h - Sessão de abertura do Congresso Internacional sobre o Presbítero com o título "À escuta da Palavra".
21h30 - Concerto coral «In memoria presbyterorum» pela Cappella Bracarensis.
Dia 13 de Janeiro
9h - Laudes
9h30 - «Imagens do presbítero na história recente» por D. Carlos Azevedo (Bispo Auxiliar de Lisboa)
10h45 - Intervalo
11h15 - «Fundamentos escriturísticos do ministério ordenado» por D. António Couto (Bispo Auxiliar de Braga)
15h - «Apresentação do resultado do inquérito sobre A figura do presbítero» por Vera Duarte (Faculdade de Ciências Sociais — UCP, Braga)
16h30 - Curta-metragem
16h45 - Debate
17h45 - Intervalo
18h - Eucaristia com Vésperas presidida por D. Manuel Linda, Bispo Auxiliar de Braga)
Dia 14 de Janeiro
9h30 - «As transformações actuais na Igreja e o ministério presbiteral» por Gisbert Greshake (Teólogo da Universidade de Freiburg, Alemanha).
10h45 - Intervalo
11h15 - «Fidelidade de Cristo, fidelidade do presbítero» por Mons. Jean-Louis Bruguès (Secretário da Congregação para a Educação Católica)
15h - Testemunhos: Fátima Campos Ferreira, jornalista | Isabel Jonet, Presidente do Banco Alimentar contra a Fome | Marcelo Rebelo de Sousa, Jurisconsulto | António Lobo Antunes, escritor.
17h30 - Intervalo
18h - Eucaristia com Vésperas presidida por D. António Couto, Bispo Auxiliar de Braga.
21h - Musical sobre o Presbítero. Grupo de Teatro S. João Bosco do Seminário Conciliar & Coro da Academia de Música de Guimarães.
Dia 15 Janeiro
9.30h – A face mutante do presbítero
Grupo de teólogos/João Duque (Faculdade de Teologia – U.C.P. Braga)
10.45h – Intervalo
11.15h – Na força do Espírito: dinamismo pneumatológico e espiritualidade sacerdotal
Santiago del Cura Elena (Decano da Faculdade de Teologia do Norte de Espanha, Burgos)
15.00h – Apresentação do resultado da reflexão de grupos paroquiais
Caxinas – Arciprestado Vila do Conde / Póvoa de Varzim
Painzela e Outeiro - Arciprestado de Cabeceiras de Basto
S. Miguel de Vizela – Arciprestado de Guimarães / Vizela
S. Vítor – Arciprestado de Braga
Vila Nova de Famalicão (S.to Adrião), Brufe e Cavalões – Unidade Pastoral do Arciprestado de Famalicão
17.00h – Síntese final
18.00h – Encerramento:
Vésperas com Eucaristia (D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz de Braga)
Jantar comemorativo: 450º Aniversário do edifício do Seminário Conciliar
In: AGÊNCIA ECCLESIA
"ENTÃO E EU, TODO O MUNDO ME ESQUECEU?"
NATAL DE QUEM?
Mulheres atarefadas Tratam do bacalhau, Do peru, das rabanadas - Não esqueças o colorau, O azeite e o bolo-rei! - Está bem, eu sei! - E as garrafas de vinho? - Já vão a caminho! - Oh mãe, estou pr'a ver Que prendas vou ter. Que prendas terei? - Não sei, não sei...
Num qualquer lado, Esquecido, abandonado, O Deus-Menino Murmura baixinho: - Então e Eu, Toda a gente Me esqueceu?
Senta-se a família À volta da mesa. Não há sinal da cruz, Nem oração ou reza. Tilintam copos e talheres. Crianças, homens e mulheres Em eufórico ambiente. Lá fora tão frio, Cá dentro tão quente!
Algures esquecido, Ouve-se Jesus dorido: - Então e Eu, Toda a gente Me esqueceu?
Rasgam-se embrulhos, Admiram-se as prendas, Aumentam os barulhos Com mais oferendas. Amontoam-se sacos e papeis Sem regras nem leis.
E Cristo Menino A fazer beicinho: - Então e Eu, Toda a gente Me esqueceu?
O sono está a chegar. Tantos restos por mesa e chão! Cada um vai transportar Bem-estar no coração. A noite vai terminar
E o Menino, quase a chorar: - Então e Eu, Toda a gente Me esqueceu? Foi a festa do Meu Natal E, do princípio ao fim, Quem se lembrou de Mim? Não tive tecto nem afecto!
Em tudo, tudo, eu medito E pergunto no fechar da luz:
- Foi este o Natal de Jesus?!!!
(João Coelho dos Santos in Lágrima do Mar - 1996) O meu mais belo poema de Natal |