ANO C
29 de Novembro de 2009
Roxo – Ofício próprio (Semana I do Saltério). Te Deum.
Missa própria, Credo, pf. I do Advento.
Toma-se o Leccionário dominical do Ano C.
L 1 Jer 33, 14, 16; Sal 24, 4bc-5ab. 8-9. 10 e 14
L 2 1 Tes 3, 12 – 4, 2
Ev Lc 21, 25-28. 34-36
* As Missas deste Tempo Litúrgico não têm Glória.
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Na Arquidiocese de Évora – Ofertório para a Pastoral Diocesana.
* Na Companhia das Filhas da Caridade – Aniversário da fundação da Companhia das Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo.
* II Vésperas do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Tema do 1º Domingo do Tempo do Advento
Neste 1º Domingo do Tempo do Advento, a Palavra de Deus apresenta-nos uma primeira abordagem à “vinda” do Senhor.
Na primeira leitura, pela boca do profeta Jeremias, o Deus da aliança anuncia que é fiel às suas promessas e vai enviar ao seu Povo um “rebento” da família de David. A sua missão será concretizar esse mundo sonhado de justiça e de paz: fecundidade, bem-estar, vida em abundância, serão os frutos da acção do Messias.
O Evangelho apresenta-nos Jesus, o Messias filho de David, a anunciar a todos os que se sentem prisioneiros: “alegrai-vos, a vossa libertação está próxima. O mundo velho a que estais presos vai cair e, em seu lugar, vai nascer um mundo novo, onde conhecereis a liberdade e a vida em plenitude. Estai atentos, a fim de acolherdes o Filho do Homem que vos traz o projecto desse mundo novo”. É preciso, no entanto, reconhecê-l’O, saber identificar os seus apelos e ter a coragem de construir, com Ele, a justiça e a paz.
A segunda leitura convida-nos a não nos instalarmos na mediocridade e no comodismo, mas a esperar numa atitude activa a vinda do Senhor. É fundamental, nessa atitude, a vivência do amor: é ele o centro do nosso testemunho pessoal, comunitário, eclesial.
In: ECCLESIA
Reparem bem no riso do Papa João Paulo II... Que simplicidade, que magnifica atitude!!!! Aquele riso tão espontâneo, tão verdadeiro, perante o palhaço.
ANO B
Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo
22 de Novembro de 2009
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO
SOLENIDADE
Branco – Ofício da solenidade. Te Deum.
Missa própria, Glória, Credo, pf. próprio.
L 1 Dan 7, 13-14; Sal 92, 1ab. 1c-2. 5
L 2 Ap 1, 5-8
Ev Jo 18, 33b-37
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Na Diocese de Lamego – Dia da Diocese.
* Na Diocese do Porto – Ofertório para o Apostolado dos Leigos.
* Na Diocese de Setúbal – Ofertório para a Fraternidade Diocesana do Clero.
* Na Congregação das Irmãs de S. João Baptista e de Maria Rainha e Missionários de S. João Baptista – Festa Principal.
* II Vésperas da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.
Tema da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo
No 34º Domingo do Tempo Comum, celebramos a Solenidade de Jesus Cristo, Rei e Senhor do Universo. A Palavra de Deus que nos é proposta neste último domingo do ano litúrgico convida-nos a tomar consciência da realeza de Jesus; deixa claro, no entanto, que essa realeza não pode ser entendida à maneira dos reis deste mundo: é uma realeza que se concretiza de acordo com uma lógica própria, a lógica de Deus. O Evangelho, especialmente, explica qual é a lógica da realeza de Jesus.
A primeira leitura anuncia que Deus vai intervir no mundo, a fim de eliminar a crueza, a ambição, a violência, a opressão que marcam a história dos reinos humanos. Através de um “filho de homem” que vai aparecer “sobre as nuvens”, Deus vai devolver à história a sua dimensão de “humanidade”, possibilitando que os homens sejam livres e vivam na paz e na tranquilidade. Os cristãos verão nesse “filho de homem” vitorioso um anúncio da realeza de Jesus.
Na segunda leitura, o autor do Livro do Apocalipse apresenta Jesus como o Senhor do Tempo e da História, o princípio e o fim de todas as coisas, o “príncipe dos reis da terra”, Aquele que há-de vir “por entre as nuvens” cheio de poder, de glória e de majestade para instaurar um reino definitivo de felicidade, de vida e de paz. É, precisamente, a interpretação cristã dessa figura de “filho de homem” de que falava a primeira leitura.
O Evangelho apresenta-nos, num quadro dramático, Jesus a assumir a sua condição de rei diante de Pontius Pilatus. A cena revela, contudo, que a realeza reivindicada por Jesus não assenta em esquemas de ambição, de poder, de autoridade, de violência, como acontece com os reis da terra. A missão “real” de Jesus é dar “testemunho da verdade”; e concretiza-se no amor, no serviço, no perdão, na partilha, no dom da vida.
À PROCURA DA PALAVRA
CRISTO REI Ano B
“O meu reino não é deste mundo”. Jo 18, 36
É um dos encontros mais espantosos do Evangelho: Pilatos e Jesus. O representante do império mais poderoso e o profeta do reino de Deus, o primeiro na sede onde dita as sentenças, Jesus preso como um delinquente. Que realeza é essa que Jesus reclama? Sem trono, sem poder, sem ambição de dinheiro, sem nenhum sistema injusto que o sustente, sem legionários que lutem por ele? “O meu reino não é deste mundo”! Porquê então a sua condenação? “Sou rei. Para isso nasci e vim ao mundo a fim de dar testemunho da verdade.”
Toda a vida de Jesus é uma interpelação: “aquele que é da verdade escuta a minha voz”! E isto incomoda os grandes poderes em todos os tempos. Porque a sua maior ânsia é possuir a verdade. E em nome dela justificar, tantas vezes, o injustificável. Quem segue Jesus não é dono nem guarda da verdade, serve-a testemunhando-a. Por isso não pretende derrotar os adversários, nem impor uma doutrina, nem controlar a fé de outros ou ter razão em tudo. Porque vive em união a Jesus procura converter-se a Ele, quer transbordar o amor que sente por Ele, olhando tudo com os olhos do Evangelho, em tudo semeando a verdade de Jesus. Fazendo seu o programa das bem-aventuranças.
Jesus fala de um reino novo. Que não tem fronteiras porque o seu terreno é o coração dos homens. Que tem uma linguagem que todos entendem, a do amor. Um amor que radica no “amor das entranhas”, a “hesed” bíblica, traduzida depois por ágape e caridade. Assim se referia o P. Peter Stilwell à “compaixão”, a propósito da “Carta pela Compaixão”, uma iniciativa de várias confissões religiosas e não-crentes: “Trata-se de uma emoção delicada: um transbordar do coração perante as alegrias e sofrimentos dos outros. É um movimento profundo que arranca das raízes do nosso ser, antecedendo a reflexão da razão e a inclinação da vontade. Mais do que uma atracção "química" pelo outro, ou sequer um sentimento psicológico de afinidade, é uma virtude ou força espiritual. Os cristãos lêem-na como brotando do próprio Deus, e por isso lhe chamam "virtude teologal" (http://www.snpcultura.org/vol_carta_pela_compaixao.html).
Se queremos viver neste reino, talvez seja necessário um primeiro exercício: destronizarmo-nos a nós próprios, deixar de ser o centro das preocupações e colocar aí Deus e os outros. Valorizar os sentimentos, as atitudes, as palavras, o sofrimento e a alegria, que generosamente partilham. Despojarmo-nos dos mantos e vestes que aparentam auto-suficiência e olhar os outros nos olhos. Gostando mais de quem vemos. Escutando a verdade que também testemunham.
P. Vítor Gonçalves
In: ECCLESIA
Um aluno foi ter com o seu professor com um problema:
ANO B
15 de Novembro de 2009
Verde – Ofício do domingo (Semana I do Saltério). Te Deum.
Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Dan 12, 1-3; Sal 15, 5 e 8. 9-10. 11
L 2 Hebr 10, 11-14. 18
Ev Mc 13, 24-32
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Nas Dioceses de Aveiro, Braga, Bragança-Miranda, Coimbra, Évora, Funchal, Guarda, Lamego, Leiria-Fátima, Lisboa, Portalegre e Castelo Branco, Porto, Vila Real e Viseu – Ofertório para os Seminários Diocesanos.
* Na Diocese de Beja – Ofertório para a Obra das Vocações.
* Na Diocese de Santarém – Ofertório para a Diocese.
* Na Diocese de Coimbra (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
* II Vésperas do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Tema do 33º Domingo do Tempo Comum
A liturgia do 33º Domingo do Tempo Comum apresenta-nos, fundamentalmente, um convite à esperança. Convida-nos a confiar nesse Deus libertador, Senhor da história, que tem um projecto de vida definitiva para os homens. Ele vai – dizem os nossos textos – mudar a noite do mundo numa aurora de vida sem fim.
A primeira leitura anuncia aos crentes perseguidos e desanimados a chegada iminente do tempo da intervenção libertadora de Deus para salvar o Povo fiel. É esta a esperança que deve sustentar os justos, chamados a permanecerem fiéis a Deus, apesar da perseguição e da prova. A sua constância e fidelidade serão recompensadas com a vida eterna.
No Evangelho, Jesus garante-nos que, num futuro sem data marcada, o mundo velho do egoísmo e do pecado vai cair e que, em seu lugar, Deus vai fazer aparecer um mundo novo, de vida e de felicidade sem fim. Aos seus discípulos, Jesus pede que estejam atentos aos sinais que anunciam essa nova realidade e disponíveis para acolher os projectos, os apelos e os desafios de Deus.
A segunda leitura lembra que Jesus veio ao mundo para concretizar o projecto de Deus no sentido de libertar o homem do pecado e de o inserir numa dinâmica de vida eterna. Com a sua vida e com o seu testemunho, Ele ensinou-nos a vencer o egoísmo e o pecado e a fazer da vida um dom de amor a Deus e aos irmãos. É esse o caminho do mundo novo e da vida definitiva.
In: ECCLESIA
ANO B
08 de Novembro de 2009
Verde – Ofício do domingo (Semana IV do Saltério). Te Deum.
Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 1 Reis 17, 10-16; Sal 145, 7b-8a. 8bcd. 9. 10
L 2 Hebr 9, 24-28
Ev Mc 12, 38-44 ou Mc 12, 41-44
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Em todas as Dioceses de Portugal – Começa a Semana dos Seminários.
* Na Diocese de Angra – Colecta por ocasião do Dia da Igreja Diocesana.
* Na Diocese de Viana do Castelo – Termina a Semana da Diocese.
* II Vésperas do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Tema do 32º Domingo do Tempo Comum
A liturgia do 32º Domingo do Tempo Comum fala-nos do verdadeiro culto, do culto que devemos prestar a Deus. A Deus não interessam grandes manifestações religiosas ou ritos externos mais ou menos sumptuosos, mas uma atitude permanente de entrega nas suas mãos, de disponibilidade para os seus projectos, de acolhimento generoso dos seus desafios, de generosidade para doarmos a nossa vida em benefício dos nossos irmãos.
A primeira leitura apresenta-nos o exemplo de uma mulher pobre de Sarepta, que, apesar da sua pobreza e necessidade, está disponível para acolher os apelos, os desafios e os dons de Deus. A história dessa viúva que reparte com o profeta os poucos alimentos que tem, garante-nos que a generosidade, a partilha e a solidariedade não empobrecem, mas são geradoras de vida e de vida em abundância.
O Evangelho diz, através do exemplo de outra mulher pobre, de outra viúva, qual é o verdadeiro culto que Deus quer dos seus filhos: que eles sejam capazes de Lhe oferecer tudo, numa completa doação, numa pobreza humilde e generosa (que é sempre fecunda), num despojamento de si que brota de um amor sem limites e sem condições. Só os pobres, isto é, aqueles que não têm o coração cheio de si próprios, são capazes de oferecer a Deus o culto verdadeiro que Ele espera.
A segunda leitura oferece-nos o exemplo de Cristo, o sumo-sacerdote que entregou a sua vida em favor dos homens. Ele mostrou-nos, com o seu sacrifício, qual é o dom perfeito que Deus quer e que espera de cada um dos seus filhos. Mais do que dinheiro ou outros bens materiais, Deus espera de nós o dom da nossa vida, ao serviço desse projecto de salvação que Ele tem para os homens e para o mundo.
In: ECCLESIA
2 Novembro
Nota Histórica
In: ECCLESIA