“ADOPTE UM PADRE!
In: Padres Inquietos
ANO B
19 de Julho de 2009
Verde – Ofício do domingo (Semana IV do Saltério). Te Deum.
Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Jer 23, 1-6; Sal 22, 1-3a. 3b-4. 5. 6
L 2 Ef 2, 13-18
Ev Mc 6, 30-34
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Diocese do Algarve – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – Ofício e Missa do Domingo.
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – Santíssimo Redentor, Titular da Congregação – SOLENIDADE
* Na Ordem Carmelita – I Vésp. de S. Elias.
* II Vésperas do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Tema do 16º Domingo do Tempo Comum
A liturgia do 16º Domingo do Tempo Comum dá-nos conta do amor e da solicitude de Deus pelas “ovelhas sem pastor”. Esse amor e essa solicitude traduzem-se, naturalmente, na oferta de vida nova e plena que Deus faz a todos os homens.
Na primeira leitura, pela voz do profeta Jeremias, Jahwéh condena os pastores indignos que usam o “rebanho” para satisfazer os seus próprios projectos pessoais; e, paralelamente, Deus anuncia que vai, Ele próprio, tomar conta do seu “rebanho”, assegurando-lhe a fecundidade e a vida em abundância, a paz, a tranquilidade e a salvação.
O Evangelho recorda-nos que a proposta salvadora e libertadora de Deus para os homens, apresentada em Jesus, é agora continuada pelos discípulos. Os discípulos de Jesus são – como Jesus o foi – as testemunhas do amor, da bondade e da solicitude de Deus por esses homens e mulheres que caminham pelo mundo perdidos e sem rumo, “como ovelhas sem pastor”. A missão dos discípulos tem, no entanto, de ter sempre Jesus como referência… Com frequência, os discípulos enviados ao mundo em missão devem vir ao encontro de Jesus, dialogar com Ele, escutar as suas propostas, elaborar com Ele os projectos de missão, confrontar o anúncio que apresentam com a Palavra de Jesus.
Na segunda leitura, Paulo fala aos cristãos da cidade de Éfeso da solicitude de Deus pelo seu Povo. Essa solicitude manifestou-se na entrega de Cristo, que deu a todos os homens, sem excepção, a possibilidade de integrarem a família de Deus. Reunidos na família de Deus, os discípulos de Jesus são agora irmãos, unidos pelo amor. Tudo o que é barreira, divisão, inimizade, ficou definitivamente superado.
In: ECCLESIA
ANO B
12 de Julho de 2009
Verde – Ofício do domingo (Semana III do Saltério). Te Deum.
Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Amós 7, 12-15; Sal 84, 9ab-10. 11-12. 13-14
L 2 Ef 1, 3-14 ou Ef 1, 3-10
Ev Mc 6, 7-13
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Congregação das Irmãs Servas de Maria Reparadoras – Aniversário da fundação (1900).
* Na Diocese de Leiria-Fátima (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
* II Vésperas do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
[12-07-2009]
Tema do 15º Domingo do Tempo Comum
A liturgia do 15º Domingo do Tempo Comum recorda-nos que Deus actua no mundo através dos homens e mulheres que Ele chama e envia como testemunhas do seu projecto de salvação. Esses “enviados” devem ter como grande prioridade a fidelidade ao projecto de Deus e não a defesa dos seus próprios interesses ou privilégios.
A primeira leitura apresenta-nos o exemplo do profeta Amós. Escolhido, chamado e enviado por Deus, o profeta vive para propor aos homens – com verdade e coerência – os projectos e os sonhos de Deus para o mundo. Actuando com total liberdade, o profeta não se deixa manipular pelos poderosos nem amordaçar pelos seus próprios interesses pessoais.
A segunda leitura garante-nos que Deus tem um projecto de vida plena, verdadeira e total para cada homem e para cada mulher – um projecto que desde sempre esteve na mente do próprio Deus. Esse projecto, apresentado aos homens através de Jesus Cristo, exige de cada um de nós uma resposta decidida, total e sem subterfúgios.
No Evangelho, Jesus envia os discípulos em missão. Essa missão – que está no prolongamento da própria missão de Jesus – consiste em anunciar o Reino e em lutar objectivamente contra tudo aquilo que escraviza o homem e que o impede de ser feliz. Antes da partida dos discípulos, Jesus dá-lhes algumas instruções acerca da forma de realizar a missão… Convida-os especialmente à pobreza, à simplicidade, ao despojamento dos bens materiais.
BILHETE DE EVANGELHO.
Testemunho do “nós”… Jesus envia os discípulos dois a dois. Ele sabe que a sua missão será difícil de cumprir. Mesmo Ele, Jesus, fez-Se acompanhar de uma equipa. O testemunho é sempre um “nós” para nunca se falar em nome próprio mas, com outros, em nome daquele que envia. Algumas recomendações a estes peregrinos da Boa Nova: contar apenas com Deus; pôr-se a caminho para se fazer peregrino; aceitar a hospitalidade para se apresentar como um pobre; não forçar as portas para respeitar a liberdade. Quanto à mensagem a proclamar, é a mensagem do Mestre: “convertei-vos!” E quanto aos actos, são os mesmos de Jesus: expulsar os demónios e curar os doentes. Decididamente, o servo não é maior do que o seu mestre, e o enviado faz sempre referência àquele que o envia. Hoje, o “nós” é o da Igreja. Oxalá ela possa contar apenas com Deus, fazer-se peregrina, apresentar-se pobre, respeitar a liberdade dos homens…
PARA A SEMANA QUE SE SEGUE…
Bendizer no quotidiano… Em cada dia desta semana, dirigir ao Senhor uma curta oração de bênção: para a felicidade partilhada nesse dia, para um encontro enriquecedor, para uma refeição partilhada e cheia de amizade, para a beleza da Criação, para um nascimento ou a alegria das crianças, etc.
In: ECCLESIA
ANO B
5 de Julho de 2009
Verde – Ofício do domingo (Semana II do Saltério). Te Deum.
Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Ez 2, 2-5; Sal 122, 1-2a. 2bcd. 3-4
L 2 2 Cor 12, 7-10
Ev Mc 6, 1-6
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Dia de oração e acção de graças; Ofertório para a Cadeira de S. Pedro.
* II Vésperas do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Tema do 14º Domingo do Tempo Comum
A liturgia deste domingo revela que Deus chama, continuamente, pessoas para serem testemunhas no mundo do seu projecto de salvação. Não interessa se essas pessoas são frágeis e limitadas; a força de Deus revela-se através da fraqueza e da fragilidade desses instrumentos humanos que Deus escolhe e envia.
A primeira leitura apresenta-nos um extracto do relato da vocação de Ezequiel. A vocação profética é aí apresentada como uma iniciativa de Jahwéh, que chama um “filho de homem” (isto é, um homem “normal”, com os seus limites e fragilidades) para ser, no meio do seu Povo, a voz de Deus.
Na segunda leitura, Paulo assegura aos cristãos de Corinto (recorrendo ao seu exemplo pessoal) que Deus actua e manifesta o seu poder no mundo através de instrumentos débeis, finitos e limitados. Na acção do apóstolo – ser humano, vivendo na condição de finitude, de vulnerabilidade, de debilidade – manifesta-se ao mundo e aos homens a força e a vida de Deus.
O Evangelho, ao mostrar como Jesus foi recebido pelos seus conterrâneos em Nazaré, reafirma uma ideia que aparece também nas outras duas leituras deste domingo: Deus manifesta-Se aos homens na fraqueza e na fragilidade. Quando os homens se recusam a entender esta realidade, facilmente perdem a oportunidade de descobrir o Deus que vem ao seu encontro e de acolher os desafios que Deus lhes apresenta.
BILHETE DE EVANGELHO.
Os ouvintes estão admirados, chocados… Como poderia Jesus fazer milagres quando se punha em dúvida as suas palavras de profeta e os seus actos de salvador? Com efeito, os seus conterrâneos olham-n’O apenas com os olhos de carne, só vêem n’Ele o filho do carpinteiro com quem tinham jogado, trabalhado, escutado a lei na sinagoga… Não reconhecem n’Ele o enviado de Deus. Falta-lhes o olhar da fé para ler no seu ensino a mensagem de Deus e nos seus milagres sinais do Todo-Poderoso. E quanto a nós, como está o nosso olhar de fé, ao vermos Jesus e os seus sinais de salvação?
À ESCUTA DA PALAVRA.
Testemunho profético… Afinal, o que é um profeta? A ideia mais espalhada é que é alguém que prevê e anuncia o futuro. Esses profetas não faltam hoje… Ora, como Ezequiel, o verdadeiro profeta está habitado, em primeiro lugar, pelo Espírito Santo, para ser em seguida enviado aos seus irmãos em humanidade e lhes anunciar a Palavra de Deus. Mas não se trata de uma missão de descanso! A Palavra de Deus inquieta sempre, porque convida os homens a descentrarem-se de si mesmos. Ezequiel é enviado a um povo de rebeldes, que têm o rosto duro e o coração obstinado. Nestas circunstâncias, não é fácil fazer-se ouvir. A missão do profeta não é prazer. Jesus fez a experiência… Basta ver a atitude dos seus conterrâneos… A própria família tinha tentado impedi-lo de falar. Ora, pelo nosso baptismo e confirmação, todos somos chamados a ser profetas, a deixarmo-nos habitar pelo Espírito, pela Palavra de Deus, para nos tornarmos arautos e testemunhas onde vivemos. O Concílio Vaticano II, recuperando esta missão profética dos baptizados, declara que estes últimos recebem todos o sentido da fé e a graça da palavra, a fim de que brilhe na sua vida quotidiana a força do Evangelho. Os cristãos não devem esconder este testemunho e esta palavra no segredo do seu coração, mas devem exprimi-lo também através das estruturas da vida do mundo. Há que tomar a sério esta missão profética!
PARA A SEMANA QUE SE SEGUE…
A cada um o seu chamamento… Cada um de nós pode reflectir qual é o chamamento pessoal do Senhor, à volta de três palavras: vocação – graça – dificuldades. Qual é a minha vocação, a que é que Deus me chama, aonde me envia? Como se manifesta em mim a sua graça? Quais as dificuldades que encontro, como as ultrapassar? Viveremos então, no recomeço do ano, um novo início de caminhada.
In: ECCLESIA
O Cardeal Pie, arcebispo de Poitiers, na França, costumava contar:
"Conheci perfeitamente um rapazinho pobre, nascido numa aldeia humilde de Chartres. Desejava muito ser sacerdote, mas os seus pais diziam-lhe que não era possível, porque não tinham dinheiro para pagar o seminário.
Certa vez, o pequeno entrou na Sé. Ao presenciar as cerimónias, tornaram-se mais fortes os desejos de ser sacerdote, mas... como consegui-lo?
Sem ser capaz de conter a sua tristeza desatou a chorar. Ao sair da igreja uma mulher, que vendia flores na praça, fixou-o e disse-lhe:
– Meu menino, porque choras? Que te fizeram?
Os soluços impediam-no de responder. Por fim falou, como quem confia um segredo:
– Eu queria ser padre, mas não tenho quem me ajude.
– Não te aflijas, filho, eu te ajudarei.
E assim foi. A vendedeira de flores trabalhava durante todo o dia e gastava as horas da noite a coser. Com o dinheiro que ia juntando, ajudou a pagar os estudos daquele rapazinho.
A vendedeira de flores já morreu. Os anjos levaram-na para muito alto no céu. O seu protegido vive e trabalha pela salvação das almas. Vós conhecei-lo. O pobrezinho que chegou a ser sacerdote, graças aos sacrifícios de uma santa mulher, sou eu, o vosso bispo".
Hoje há falta de padres
não por falta de dinheiro
mas talvez de oração.
Rezemos para que o Senhor da Messe
mande mais operários para a sua Messe.
In: Asas da Montanha