ANO B
22 de Março de 2009
Roxo ou rosa – Ofício próprio (Semana IV do Saltério).
Missa própria, Credo, pf. da Quaresma.
L 1 2 Cr 36, 14-16. 19-23; Sal 136, 1-2. 3. 4-5. 6
L 2 Ef 2, 4-10
Ev Jo 3, 14-21
Em vez das leituras acima indicadas, podem tomar-se as do Ano A, se for mais oportuno.
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Pode usar-se, neste domingo, a cor de rosa (IGMR 346 f: EDREL 591 f).
* Nas Dioceses da Guiné-Bissau – Ofertório para a Cáritas diocesana.
* II Vésperas do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Tema do 4º Domingo da Quaresma
A liturgia do 4º Domingo da Quaresma garante-nos que Deus nos oferece, de forma totalmente gratuita e incondicional, a vida eterna.
A primeira leitura diz-nos que, quando o homem prescinde de Deus e escolhe caminhos de egoísmo e de auto-suficiência, está a construir um futuro marcado por horizontes de dor e de morte. No entanto, diz o autor do Livro das Crónicas, Deus dá sempre ao seu Povo outra possibilidade de recomeçar, de refazer o caminho da esperança e da vida nova.
A segunda leitura ensina que Deus ama o homem com um amor total, incondicional, desmedido; é esse amor que levanta o homem da sua condição de finitude e debilidade e que lhe oferece esse mundo novo de vida plena e de felicidade sem fim que está no horizonte final da nossa existência.
No Evangelho, João recorda-nos que Deus nos amou de tal forma que enviou o seu Filho único ao nosso encontro para nos oferecer a vida eterna. Somos convidados a olhar para Jesus, a aprender com Ele a lição do amor total, a percorrer com Ele o caminho da entrega e do dom da vida. É esse o caminho da salvação, da vida plena e definitiva.
À ESCUTA DA PALAVRA.
O grande amor de Deus por nós… Estranha palavra de Jesus que se refere a uma também estranha história de serpente de bronze erguida por Moisés no deserto! As serpentes mordiam os Hebreus na sua travessia do deserto. Então, Deus diz a Moisés para fazer uma serpente de bronze. Olhando-a, os Hebreus eram salvos da morte. Um remédio de certo modo homeopático! Mas diz-nos Jesus que «a minha morte vai tornar-se o remédio que vos salvará da vossa morte». Como? Porque o Pai depositou em Jesus a plenitude do seu amor: «Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o seu único Filho». Então, quando Jesus entra na morte que os homens esvaziaram de qualquer traço de amor – a morte na cruz –, Ele entranha em si esta plenitude de amor. Ele preenche o vazio da morte com este amor infinito. Não há mais vazio, a morte explode na Ressurreição. Apenas Deus, porque é Amor, era capaz de cumprir esta admirável alquimia, muito mais extraordinária que a serpente de bronze no deserto: fazer da morte mais atroz o lugar onde se manifestaria o poder do seu amor. Isso continua verdadeiro hoje. Ele é sempre capaz de pôr no mais profundo de todas as mortes, mesmo as mais atrozes, a presença do seu amor. Não o vemos ainda, tal como os discípulos só viram ao princípio um cadáver na cruz. Mas, graças a este imenso amor de Deus por nós, todas as nossas mortes rebentarão na vida eterna.
PARA A SEMANA QUE SE SEGUE…
Somos dignos da missão, da confiança que Jesus põe em nós? Isso não é assim tão difícil, na realidade. Basta, muitas vezes, a atenção a pequenas coisas. Comportar-se à maneira de Jesus junto de cada um destes pequenos que são os seus irmãos: por uma palavra de acolhimento, um serviço prestado, um pouco de entreajuda, um gesto de partilha, um momento de escuta… Empreender também, ao nível de responsabilidade que é a nossa, atitudes para mudar o que pode ser mudado, para que haja menos injustiça e exclusão. Preparar a Páscoa com os mais esquecidos…
In: Agência Ecclesia
ANO B
15 de Março de 2009
Roxo – Ofício próprio (Semana III do Saltério).
Missa própria, Credo, pf. da Quaresma.
L 1 Ex 20, 1-17 ou Ex 20, 1-3. 7-8. 12-17; Sal 18, 8. 9. 10. 11
L 2 1 Cor 1, 22-25
Ev Jo 2, 13-25
Em vez das leituras acima indicadas, podem tomar-se as do Ano A, se for mais oportuno.
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Em todas as dioceses de Portugal – Ofertório para a Cáritas Portuguesa.
* Na Diocese de Mindelo (Cabo Verde) – Ofertório para a Fraternidade Sacerdotal.
* II Vésperas do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Tema do 3º Domingo da Quaresma
A liturgia do 3º Domingo da Quaresma dá-nos conta da eterna preocupação de Deus em conduzir os homens ao encontro da vida nova. Nesse sentido, a Palavra de Deus que nos é proposta apresenta sugestões diversas de conversão e de renovação.
Na primeira leitura, Deus oferece-nos um conjunto de indicações (“mandamentos”) que devem balizar a nossa caminhada pela vida. São indicações que dizem respeito às duas dimensões fundamentais da nossa existência: a nossa relação com Deus e a nossa relação com os irmãos.
Na segunda leitura, o apóstolo Paulo sugere-nos uma conversão à lógica de Deus… É preciso que descubramos que a salvação, a vida plena, a felicidade sem fim não está numa lógica de poder, de autoridade, de riqueza, de importância, mas está na lógica da cruz – isto é, no amor total, no dom da vida até às últimas consequências, no serviço simples e humilde aos irmãos.
No Evangelho, Jesus apresenta-Se como o “Novo Templo” onde Deus Se revela aos homens e lhes oferece o seu amor. Convida-nos a olhar para Jesus e a descobrir nas suas indicações, no seu anúncio, no seu “Evangelho” essa proposta de vida nova que Deus nos quer apresentar.
In: Agência Ecclesia
ANO B
8 de Março de 2009
Roxo – Ofício próprio (Semana II do Saltério).
Missa própria, Credo, pf. próprio.
L 1 Gen 22, 1-2. 9a. 10-13. 15-18
Sal 115, 10 e 15. 16-17. 18-19
L 2 Rom 8, 31b-34
Ev Mc 9, 2-10
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofertório para a Cáritas Diocesana.
* II Vésperas do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Em Portugal – Lembrar aos fiéis que, no próximo domingo, o ofertório é para a Cáritas Portuguesa.
Tema do 2º Domingo do Tempo da Quaresma
No segundo Domingo da Quaresma, a Palavra de Deus define o caminho que o verdadeiro discípulo deve seguir para chegar à vida nova: é o caminho da escuta atenta de Deus e dos seus projectos, o caminho da obediência total e radical aos planos do Pai.
O Evangelho relata a transfiguração de Jesus. Recorrendo a elementos simbólicos do Antigo Testamento, o autor apresenta-nos uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que vai concretizar o seu projecto libertador em favor dos homens através do dom da vida. Aos discípulos, desanimados e assustados, Jesus diz: o caminho do dom da vida não conduz ao fracasso, mas à vida plena e definitiva. Segui-o, vós também.
Na primeira leitura apresenta-se a figura de Abraão como paradigma de uma certa atitude diante de Deus. Abraão é o homem de fé, que vive numa constante escuta de Deus, que aceita os apelos de Deus e que lhes responde com a obediência total (mesmo quando os planos de Deus parecem ir contra os seus sonhos e projectos pessoais). Nesta perspectiva, Abraão é o modelo do crente que percebe o projecto de Deus e o segue de todo o coração.
A segunda leitura lembra aos crentes que Deus os ama com um amor imenso e eterno. A melhor prova desse amor é Jesus Cristo, o Filho amado de Deus que morreu para ensinar ao homem o caminho da vida verdadeira. Sendo assim, o cristão nada tem a temer e deve enfrentar a vida com serenidade e esperança.
PALAVRA DE VIDA.
Jesus encontra-Se com o seu Pai. O monte é o lugar de encontro com Deus: Moisés e Elias encontram Deus no monte Horeb, Jesus retira-Se muitas vezes para o monte para rezar. Naquele dia, Deus toma a palavra para reconhecer Jesus como seu Filho bem-amado, e pede para O escutar. Jesus encontra-Se com Moisés e Elias, estes porta-vozes cheios do poder de Deus libertador junto do seu povo. A sua presença no monte da transfiguração revela que Jesus veio cumprir tudo o que os profetas tinham anunciado. Enfim, Jesus encontra-Se no monte das Oliveiras com as testemunhas adormecidas da Paixão. E se Jesus Se transfigura a seus olhos, é para lhes fazer ver a glória que Lhe vem de seu Pai. Mas para conhecer esta glória, é preciso passar pelo sofrimento e pela morte. Ainda não chegou o momento para nos sentarmos, é preciso retomar o caminho para “passar” com o Mestre.
PARA A SEMANA QUE SE SEGUE…
A nossa fé na ressurreição… Concretamente, como fazer, que fazer? Alguns meios podem ajudar-nos: a oração, para pedir a Deus a fé (que é graça) e a sua luz; a meditação da Palavra de Deus; leituras, livros de teologia ou de espiritualidade, testemunhos de crentes; ou ainda a ajuda de um conselheiro espiritual, que nos permita debater questões mais actuais (incompatibilidade entre fé na ressurreição e crença na reincarnação, por exemplo).
In: Agência Ecclesia
Informações das Paróquias: ver Paróquias em Perfil
ANO B
1 de Março de 2009
Roxo – Ofício próprio (Semana I do Saltério).
Missa própria, Credo, pf. próprio.
Toma-se o Leccionário dominical (Ano B).
L 1 Gen 9, 8-15; Sal 24, 4bc-5ab. 6-7bc. 8-9
L 2 1 Pedro 3, 18-22
Ev Mc 1, 12-15
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* II Vésperas do domingo. Compl. dep. II Vésp. dom.
Tema do 1º Domingo do Tempo da Quaresma
No primeiro Domingo do Tempo da Quaresma, a liturgia garante-nos que Deus está interessado em destruir o velho mundo do egoísmo e do pecado e em oferecer aos homens um mundo novo de vida plena e de felicidade sem fim.
A primeira leitura é um extracto da história do dilúvio. Diz-nos que Jahwéh, depois de eliminar o pecado que escraviza o homem e que corrompe o mundo, depõe o seu “arco de guerra”, vem ao encontro do homem, faz com ele uma Aliança incondicional de paz. A acção de Deus destina-se a fazer nascer uma nova humanidade, que percorra os caminhos do amor, da justiça, da vida verdadeira.
No Evangelho, Jesus mostra-nos como a renúncia a caminhos de egoísmo e de pecado e a aceitação dos projectos de Deus está na origem do nascimento desse mundo novo que Deus quer oferecer a todos os homens (o “Reino de Deus”). Aos seus discípulos Jesus pede – para que possam fazer parte da comunidade do “Reino” – a conversão e a adesão à Boa Nova que Ele próprio veio propor.
Na segunda leitura, o autor da primeira Carta de Pedro recorda que, pelo Baptismo, os cristãos aderiram a Cristo e à salvação que Ele veio oferecer. Comprometeram-se, portanto, a seguir Jesus no caminho do amor, do serviço, do dom da vida; e, envolvidos nesse dinamismo de vida e de salvação que brota de Jesus, tornaram-se o princípio de uma nova humanidade.
PARA A SEMANA QUE SE SEGUE…
Rezar em cada manhã o Salmo 24… Ao longo da semana, rezar em cada manhã, lentamente, este Salmo 24. Pode ser meditado, “ruminado”. Esforçar-se também por memorizar um versículo para cada dia (“Tu és o Deus que me salva”; “lembra-te, Senhor, da tua ternura”); repeti-lo várias vezes ao longo do dia, como uma caminhada com o Senhor. Será uma maneira possível de viver a exortação à oração em segredo, a exortação que ouvimos na Quarta-feira de Cinzas. Procurar também recorrer a esta oração quando temos uma decisão a tomar, uma escolha a fazer, cada vez que um discernimento se nos impõe (“guiai-me na verdade”, “ensinai-me”…).
In: Agência Ecclesia